terça-feira, 15 de setembro de 2009

É como se eu nascesse todo dia.


Não é incrível que existam bananeiras, abacateiros e jabuticabeiras? De onde será que veio tudo isso?
Todo dia eu me faço as mesmas perguntas. É como se eu estivesse vendo as coisas do mundo sempre pela primeira vez. Os vales, a chuva, os mares. A terra, os animais e as floretas. O fogo, o tempo e a claridade. Sem falar no céu com todas as suas estrelas e na lua com todas as suas fases. Como surgiu tudo isso?
Os meus porquês são palavras incontáveis. O sentimento de absurdo me invade quando reparo na arquitetura humana. O sistema nervoso, veias e artérias, músculos e ossos, cérebro e coração. Bocas e braços, narizes e olhos, ouvidos e mãos. O ser humano é feito de uma perfeição absurda. Realmente inexplicável. Me admiro o tempo inteiro e acredito que nunca vou me acostumar com as coisas do mundo. Quem criou tudo isso? A resposta óbvia me remete a Deus e eu pergunto: Se Deus criou tudo, quem criou Deus?
Se tudo surgiu dele, de onde ele surgiu então? As perguntas continuam sendo as mesmas, só muda o sujeito da oração. Eu vejo as coisas do mundo como quem assiste à um espetáculo de mágica. Num grande truque, o belo coelho branco surge de dentro da cartola até então vazia. Como assim? Não sei. Mas quero muito saber. Todo dia eu acordo buscando saber quem sou e de onde vem o mundo. E me faço as mesmas perguntas. É como se eu estivesse vendo as coisas do mundo sempre pela primeira vez. É como se eu nascesse de novo, todo dia.

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